O projeto também inclui o feminicídio como um artigo específico na legislação, diferenciando-o do homicídio qualificado. Atualmente, crimes contra mulheres podem ser classificados como homicídio qualificado, o que dificulta a identificação correta do feminicídio. A relatora do projeto, deputada Gisela Simona, do União Brasil do Mato Grosso, destacou que a falta de formação adequada e de protocolos claros pode levar as autoridades a classificar o crime simplesmente como homicídio, mesmo quando é praticado contra uma mulher por razões de gênero. Essa falta de uniformidade prejudica a obtenção de dados estatísticos confiáveis, essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes.
Além disso, o projeto prevê o aumento da pena para violência doméstica, que passará de 2 a 5 anos, em contraste com a pena atual de 3 meses a 3 anos de prisão. A medida visa endurecer as punições para agressores e proporcionar maior proteção às vítimas, refletindo a gravidade dos crimes cometidos no âmbito doméstico. O projeto agora aguarda a sanção do presidente Lula para entrar em vigor.